08/10/2014

Antigo violão, metade Madeira, metade amor, 
o nylon das cordas ja nao afina mais,
O braço acariciado dioturnamente, por mãos calejadas, mãos que louvavam, mãos semi conscientes,
mãos que masturbam nucas solitárias...
O velho violão, regado a vinho, sexo, suor, beijo e paixão.
Descrevendo curvas eternas em seu corpo, meia luz no deu caráter 
Amigo violão te lembra da virilha cantada em dó?
Da vontade vermelha gritada  em mi...
Da boca beijada em sol,
E do adeus negado em lá?
e lá sobraram lamentos da falta e da saidade, 
Violão querido, seu corpo desenhado, mal pintado a mão....
velho, sujo, torto desdenhado 
Cantou amores eternos e verdadeiras paixões. 

09/09/2014

Cintura

Ela nunca vai deixar a ferida curar,
se ajoelha e reza, amaldiçoa e abençoa a dor

Ela muda o perfume, mas o cheiro é o mesmo
o orvalho do seu suor contesta o não da sua boca..

teu futuro é tão ímpar quanto seu passado
e ninguém acaricia sua alma em noite chuvosa

café quente, chá, cigarro, álcool
café quente, cama e beijos,

Sua Alma anda Só.

12/08/2014

Escrever

Eu prefiro escrever
Com papel e caneta
Com língua e dente 
Sangue e tinta 

Eu prefiro escrever 
com escuridão, silêncio 
fumaça e cansaço
Beirando o absurdo
romantizando o corte

Eu prefiro escrever
são nas linhas que meu grito flui
Como um doce beijo que fui

Boca

Sua cova silenciosa,
donde nascem sorrisos e magoas amargas
Espíritos passados fornicam em sua cova
Mas não entram novos mortos
Sua cova sagrada que sorri aos povos que entendem sua alma
Na sua cova deito sem saber, 
Se sou espírito passado, ou morto novo....

21/07/2014

Lembra do dia em que precisou de magoa para crescer? 
Que escrevia na dor? 
Lavava os ferimentos com álcool? 
Ela nem soube se amou, se escravizou.
Pernoita lendo Bukowski, amanhece rezando o pai nosso.
Todo dia reclamando nomes. 
Todo dia temendo a morte. 
Anda sozinha por medo da solidão.
Sorri por desespero 
Sorriso amarelo frenético, esquizofrênico,
E já nem sabe quem é, quer tomar as rédias sem saber pra onde ir.

29/05/2014

Procuro  você garota, sem olhos
O que nao vejo rm mim 
Infeliz ser guiado pelos caminhos que você vê
Nunca saberemos quem não vê... Nossa competição eterna, nosso orgulho fraterno 
Seguindo caminhos idênticos... 

24/04/2013 

07/01/2014

Na falta de desespero olho a tela em branco.
Eco do tédio.
Palavra muda.
Ouvido surdo.
Na falta de desespero falta escritor.
Por aqueles lados do silencio
o mundo explode por falta de palavras.